O presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo (CMVFC) encara com “alguma tranquilidade” o problema de contaminação que afetou há alguns anos a qualidade da água no ilhéu, em face do investimento autárquico, mas alerta que “não há nenhum sistema de saneamento básico perfeito”, o que significa que não exclui a ocorrência de novas situações do género no futuro.

“Não se pode nunca dizer que está resolvido, sempre podem acontecer problemas, agora estamos muito mais atentos a essa situação e tentamos evitar que problemas desses possam surgir”, salientou Ricardo Rodrigues em declarações ao AO.

Recorde-se que, durante a pandemia de Covid-19, os banhos no ilhéu estiveram várias vezes impedidos no verão devido à deteção de bactérias fecais de origem humana e animal, após análises às amostras de águas marinhas recolhidas no local.

Ricardo Rodrigues lembra que foram recentemente hasteadas bandeiras azuis em zonas balneares de Vila Franca, nalguns casos “bandeiras de ouro, o que significa muitos anos consecutivos sem nenhum problema desse nível e, portanto, estamos com alguma tranquilidade, embora sempre pode acontecer”.

O presidente do município vila-franquense explica que os problemas podem voltar a surgir no caso de chover em demasia. E, se assim for, “não há nenhum sistema que aguente e, portanto, é preciso encontrar sempre alternativas que vão deitar para o mar, quer sejam as ribeiras, seja o que for, há sempre essa hipótese”. O facto também é que há ribeiras a desaguar para o mar em várias praias do concelho e, da parte da CMVFC, “nós temos tentado controlar e até hoje - e nos últimos anos - não temos tido qualquer problema a esse nível”.

Refira-se que o município executou o projeto para concluir o saneamento básico em Vila Franca, sendo que só a primeira fase aponta para valores na ordem dos 4 milhões de euros.