Açoriano Oriental
AR aprova recomendações para grupo de trabalho sobre subsídio de mobilidade

A Assembleia da República aprovou na generalidade, por maioria, recomendações do PSD e do PAN que visam a criação de um grupo de trabalho para revisão do subsídio social de mobilidade em vigor para as regiões autónomas.

AR aprova recomendações para grupo de trabalho sobre subsídio de mobilidade

Autor: Lusa

Os projetos de resolução (sem força de lei) baixam agora à 6.ª comissão parlamentar para discussão na especialidade.

O projeto de resolução n.º 65/XVI/1.ª, da bancada social-democrata, recebeu os votos favoráveis do PSD, PS, IL, PAN, BE, Livre e CDS-PP, enquanto o Chega e o PCP se abstiveram.

Já o documento apresentado pelo PAN (n.º 156/XVI/1.ª) foi aprovado com os votos favoráveis do BE, Livre, PS e PAN. Abstiveram-se as bancadas do PCP, IL e Chega, tendo votado contra o PSD e o CDS-PP.

O plenário votou ainda o projeto de lei n.º 185/XVI/1.ª, da responsabilidade do Bloco, visando a simplificação e prevenção de eventuais fraudes na atribuição do subsídio social de mobilidade, tendo o diploma sido rejeitado com os votos contra do PSD, PS, IL e CDS, apesar dos votos a favor do BE, PCP, Livre e PAN, a par da abstenção do Chega.

Em 28 de maio, o Governo anunciou que pretende rever o atual modelo de subsídio social de mobilidade para as regiões autónomas, que tem levado a várias fraudes, comprometendo-se a apresentar uma solução até 15 de setembro.

O anúncio foi feito pelo ministro da Habitação e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que foi ouvido no parlamento pela Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, a requerimento do PS.

“Vai ser criado um grupo de trabalho para analisar e rever o modelo de subsídio, sempre dentro dos princípios de justiça social que levaram à sua criação”, afirmou o governante.

Em 11 de junho, o parlamento dos Açores aprovou uma anteproposta de lei do Chega para simplificar o subsídio social de mobilidade, visando que, no ato de compra, os passageiros paguem apenas o valor fixado por lei.

A iniciativa, que foi alvo de propostas de alteração do PSD e do CDS-PP, foi aprovada em votação final global no plenário da Assembleia Legislativa, na Horta, com votos a favor do PSD (23), CDS-PP (dois) e Chega (cinco), e as abstenções do PS (22) e dos deputados únicos de BE, PAN e IL.

A anteproposta de lei do Chega advoga a “simplificação e a desburocratização do regime” do subsídio de mobilidade, mantendo o valor máximo de 134 euros para as viagens entre os Açores e o continente (ida e volta) e 119 euros entre as regiões autónomas.

Nos Açores, o subsídio social de mobilidade permite aos residentes no arquipélago deslocarem-se para o continente com uma tarifa aérea máxima de 134 euros. Porém, é necessário adquirir inicialmente a passagem pelo preço de venda e só depois de efetuada a viagem todo o valor acima desta meta de 134 euros é ressarcido a título de reembolso pelo Estado.

Para os estudantes açorianos, o teto é de 99 euros, ou seja, o subsídio corresponde à diferença entre o custo do bilhete e o máximo de 99 euros por viagem de ida e volta.

Na Madeira, foi fixado para os residentes o valor de 86 euros nas ligações de ida e volta para o território continental e de 119 euros para os Açores, valor que pode aumentar se a viagem exceder o teto máximo de 400 euros. No caso dos estudantes o preço é de 65 euros.

A generalidade dos residentes madeirenses tem de pagar a viagem às companhias aéreas no ato de compra e só no fim pode ser reembolsada, de forma a apenas ter como encargo o preço fixado. Os estudantes têm a possibilidade de pagar apenas os 65 euros no ato de compra da passagem se o fizerem numa agência de viagens.


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