Açoriano Oriental
Hotelaria açoriana regista quebras nas dormidas na Páscoa

A taxa de ocupação hoteleira nos Açores deverá situar-se entre os 60% e 70% na semana da Páscoa, inferior à registada para o mesmo período festivo de 2023, que rondou os 80%, foi hoje revelado.

Hotelaria açoriana regista quebras nas dormidas na Páscoa

Autor: Lusa


Em declarações à agência Lusa, a delegada nos Açores da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Andreia Pavão, adiantou que a ocupação média esperada para este ano na Páscoa "fica entre os 60% e os 70%, abaixo das taxas de 2023", tendo por base um inquérito realizado aos associados.

Em 2023, a taxa de ocupação na hotelaria açoriana esteve "entre os 70 e 80%", segundo a responsável da AHP nos Açores, assinalando a "redução de oferta de lugares" nos voos como uma das causas para esta quebra nas dormidas na hotelaria durante a Páscoa.

"Esta semana há muita procura, mas se há menos lugares oferecidos, há turistas que não conseguem vir para os Açores. E ficam lugares vazios nos hóteis", constatou Andreia Pavão à Lusa, referindo-se também à redução de voos da Ryanair para a região.

A companhia aérea de voos low-cost reduziu as ligações para o arquipélago, uma medida que entrou em vigor em 01 de outubro de 2023.

"Como já aconteceu a partir de dezembro, nesta Páscoa também já estamos a registar quebras de dormidas do mercado nacional", explicou a delegada nos Açores da Associação da Hotelaria de Portugal.

Portugal, Alemanha, Estados Unidos da América e Espanha são os principais mercados emissores de turistas para esta época, segundo a responsável.

Para Andreia Pavão, a redução da sazonalidade turística continua a ser a principal preocupação.

"Tudo indica que será um bom verão. E tem havido uma trajetória de crescimento ao nível de preços e vão também surgir novas unidades hoteleiras. Há margem para continuar a crescer, quer em proveitos de alojamento, como nas receitas associadas à hotelaria, mas para o próximo inverno a preocupação está lá", apontou.

Em causa, segundo Andreia Pavão, está o período de inverno entre cinco a seis meses cujos indicadores "são maus", devido a uma "redução abrupta" nos números de dormidas e ao nível de preços face ao verão.

"É uma perda que se mantém para o próximo inverno e é preciso encontrar uma solução, até porque todas as boas notícias que existem de operações novas são todas no período de verão", sublinhou.

A delegada da AHP nos Açores registou com agrado os anúncios de novas rotas diretas para o arquipélago, mas alertou que "o foco tem de estar nos meses baixos" com quebras na hotelaria, que acabam por se repercutir "no aluguer de carros, na restauração e na animação turística".


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