Açoriano Oriental
Barómetro da sociedade
João Luís Gaspar: Açores precisam de líder com "visão e ambição"

A propósito das eleições regionais, o AO fez quatro perguntas a várias personalidades da Região.


João Luís Gaspar: Açores precisam de líder com "visão e ambição"

Autor: AO Online

Tem acompanhado este período eleitoral?

Dentro do possível tento acompanhar as intervenções dos principais candidatos através da comunicação social. Hoje é fácil sermos induzidos em erro pela forma como a informação nos é transmitida, pelo que procuro construir a minha opinião com base no discurso dos próprios.

Que opinião tem sobre a atual situação política?

A situação política atual é o reflexo de uma sucessão de opções e decisões, em muitos casos, circunstanciais e erradas. Numa Região com as especificidades geográficas, demográficas e naturais que todos conhecemos, e que tem tantas carências sociais e económicas, é fundamental que os partidos democráticos encontrem pontos de convergência e garantam a estabilidade governativa necessária para a execução eficaz dos fundos disponíveis, uma oportunidade única que os Açores não podem desperdiçar.

Quem gostaria que vencesse as eleições?

Quem apresente um líder que demonstre ter perfil de estadista, visão e ambição. Um líder capaz de definir uma estrutura governativa lógica e funcional, e de constituir um governo competente. Um líder com peso e independência para garantir a autonomia regional. De outro modo, seja com maioria absoluta, com parcerias de oportunidade ou em minoria, os Açores vão perder o tempo que os açorianos não têm.

Qual deve ser a prioridade da governação nos próximos quatro anos?

Os problemas são muitos e transversais a várias áreas das políticas públicas, mas como a pergunta é no singular, relevo a Educação. Sem uma população instruída e, em particular, sem uma juventude motivada, envolvida, bem formada e ambiciosa, não teremos futuro. Sem investirmos na especialização e na requalificação de quadros, e na formação dos que, por falta de instrução e/ou oportunidades, não têm hoje um papel ativo na sociedade, não ultrapassaremos os desafios que já se colocam. Sem adotarmos um modelo eficaz de aprendizagem ao longo da vida e pugnarmos pela dignidade de cada um enquanto pessoa, não garantiremos um processo de envelhecimento com qualidade.

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