Açoriano Oriental
Estreantes no Dia da Mãe confessam ter o “coração fora do corpo”
Joana e Maria Beatriz Andrade são irmãs e mães de primeira viagem. Partilham com o AO o que sentem sobre a maternidade e sobre a celebração do seu primeiro Dia da Mãe
Estreantes  no Dia da Mãe confessam ter  o “coração fora do corpo”

Autor: Carolina Moreira

Apesar de um pouco ofuscado pelas festas do Senhor Santo Cristo, hoje assinala-se o Dia da Mãe. Uma efeméride que, para quem se estreia nestas andanças, tem “um sabor diferente e especial”.

É o caso de Joana e Maria Beatriz Andrade que, além de irmãs, vivenciam este ano o seu primeiro Dia da Mãe.

“Parece que tenho o coração fora do corpo. É aquilo que sentimos desde que eles nascem. Qualquer coisa é um susto, com muitas perguntas, um grande sentimento de culpa e de responsabilidade que também nasce com o nascimento da criança. Muda tudo”, salienta Maria Beatriz.

Aos 36 anos e mãe há pouco mais de três meses da pequena Maria Antónia, confessa que nada a preparou para a vivência da maternidade.

“Do pouco que li e que estudei para me preparar, posso dizer que nada se compara com aquilo que se vive. Ninguém nos prepara para aquelas duas semanas pós-parto. 

Ninguém. Não há livro que diga, internet que explique, médico... Ninguém nos prepara para o choque hormonal e o sentimento de não saber o que fazer”, revela.

Contudo, “se me afasto uma ou duas horas, fico cheia de saudades. Nem sei como vai ser quando ela for a creche”, confessa entre risos.

É por isso que este ano o Dia da Mãe tem “outro significado”.

“Uma coisa é ser filha, outra é ser mãe. Enquanto filha, as prendinhas do Dia da Mãe eram um dever. Agora, são um direito! Vou dando umas dicas ao pai da minha filha: ‘Não te esqueças que este ano é o meu primeiro Dia da Mãe, não é um dia qualquer!’”, brinca.

Nesta nova fase da sua vida, a irmã Joana tem sido um apoio. Apesar de também ser mãe de primeira viagem, “é muito mais prática do que eu, o que me complementa”.
Joana Andrade tem 32 anos e abraçou a maternidade há exatamente oito meses, quando nasceu a pequena Maria Teresa.

“Ser mãe era algo que sempre quis. Tem corrido muito bem, muito melhor do que o esperado. Tem sido uma experiência muito boa. A minha mãe diz que pareço uma mãe de segunda viagem. A verdade é que a maternidade me trouxe alguma calma, o que foi bom. Tentei-me informar bastante antes de ser mãe, mas há muita coisa que tem sido puro instinto”, realça.

Segundo Joana, para esta nova fase também tem contribuído a “muito boa” rede de apoio familiar. “Eu vivia no Porto e decidi regressar exatamente para garantir que a minha filha crescia com a família próxima e os primos mais ou menos com a mesma idade”, salienta.

Sobre a celebração do seu primeiro Dia da Mãe, Joana Andrade destaca que “tem um sabor diferente e especial”.

“Já era especial por causa da minha mãe, mas este ano enche mesmo o coração. Ser mãe é o melhor da vida”, afirma.

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