Autor: Lusa/AO Online
“Obviamente que,
sendo o mesmo orçamento que foi apresentado em novembro, nada mudou na
proposta. A nossa posição também não se alterará”, disse o também
deputado único do partido no parlamento regional, António Lima. O
Orçamento anterior foi rejeitado no final de 2023 com os votos contra
de PS, BE e IL e a abstenção de Chega e PAN, o que levou o Presidente da
República a dissolver a Assembleia Legislativa e a convocar eleições
antecipadas para fevereiro, ganhas sem maioria absoluta pela coligação
PSD/CDS/PPM. Questionado pela agência
Lusa sobre se o BE poderá alterar o sentido da votação tendo em conta o
incêndio que atingiu o hospital de Ponta Delgada no sábado e obrigou à
transferência de todos os doentes, António Lima respondeu que tal não
irá acontecer, uma vez que o Orçamento do Governo Regional “não tem
nenhuma resposta, como é óbvio, para esta situação”, que não é “uma
situação orçamental propriamente dita”. “Este
Orçamento [proposto para 2024] não responde. Aliás, no que diz respeito
ao Serviço Regional de Saúde, este Orçamento praticamente não tinha
investimento para os hospitais, à semelhança de Orçamentos anteriores”,
afirmou, à margem de uma conferência de imprensa sobre a situação
provocada pelo incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta
Delgada. Para o líder do BE/Açores, o assunto do hospital “não é uma questão orçamental”: “Por isso, não muda nada na nossa posição.” “É
um Orçamento que não responde aos principais desafios que a região
atravessa, a crise da habitação, o aumento do custo de vida, salários
muito baixos, ao investimento nos serviços públicos, não muda nada. O
Orçamento não tem nenhuma alteração de fundo relativamente a novembro”,
concluiu. A proposta de Orçamento, que
começa a ser discutida no parlamento açoriano no dia 21 de maio,
contempla um valor de 2.045,5 milhões de euros, semelhante ao
apresentado em outubro de 2023 (2.036,7 milhões).