Açoriano Oriental
Barómetro da sociedade

A propósito das eleições regionais, o AO fez quatro perguntas a várias personalidades da Região. O convidado de quarta-feira foi Roberto Lino, Diretor da Azores X e ex-Diretor de Marketing da Skype

Barómetro da sociedade

Autor: AO Online

Tem acompanhado este período eleitoral nos Açores?

Tenho acompanhado com preocupação o período eleitoral. Tenho pena de não ter havido coragem política para deixar a legislatura chegar ao fim. Criou-se um ambiente político em que se fala muito das fraquezas dos opositores políticos e de projetos a curto prazo - pouco estratégicos e sem olhar a um futuro muito complexo.

Que opinião tem sobre a atual situação política regional?

A necessidade de uma classe política mais ambiciosa e preparada é imperativa, especialmente ao considerar o impacto profundo da Inteligência Artificial e Robótica no mercado de trabalho. Essa realidade impõe a requalificação da população, preparando-a para um futuro onde muitos empregos atuais poderão ser substituídos por avanços tecnológicos. Neste cenário, as micro e pequenas empresas assumem um papel crucial, não apenas como geradoras de emprego, mas também como incubadoras de inovação e adaptação. A implementação de políticas (como um Rendimento Mínimo Universal) que garantam mínimos de vida dignos para todos e o desenvolvimento de estratégias de longo prazo, que ultrapassem ciclos eleitorais de quatro anos, devem incluir suporte robusto a pequenas empresas e indivíduos. Estas pequenas/micro empresas serão essenciais na absorção e requalificação de recursos humanos deslocados pela automação.

Quem gostaria que vencesse as eleições?

Os Açorianos.

Qual deve ser a prioridade da governação?

Para enfrentar os desafios da Inteligência Artificial, Robótica e a revolução digital, é crucial reforçar os pilares da sociedade - Educação, Saúde, Cultura e Serviços Sociais. A modernização acelerada da Educação, em particular, é essencial para acompanhar estes saltos tecnológicos. Profissionais destas áreas fundamentais devem ser adequadamente valorizados e compensados (porque é que um Deputado ganha mais do que um Professor? Qual a profissão mais importante?). Regiões que negligenciarem estes aspetos correm o risco de, em cinco anos (ou até antes), retrocederem ao estado de países subdesenvolvidos, com deficiências críticas em infraestruturas sociais e educacionais.




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