O repto de Vasco Cordeiro foi lançado visando as comemorações do Dia da Europa, assinalado quarta-feira, dia em que se comemora também um mês para as eleições para o Parlamento Europeu, aproveitando a circunstância para sublinhar o importante papel desempenhado pelas regiões e pelos municípios na construção da União Europeia.

“Ao celebrarmos o Dia da Europa, esta é a oportunidade de nos perguntarmos que tipo de Europa queremos? Nos últimos anos temos enfrentado desafios enormes, como a crise climática e as catástrofes naturais, o aumento do custo de vida e as desigualdades crescentes, uma pandemia e as consequências da instabilidade e das guerras na nossa vizinhança”, salientou Vasco Cordeiro, ressalvando que para resolver estas questões são necessárias, em primeiro lugar, “respostas europeias”. Isto porque “nenhum país, nenhuma região, nenhuma cidade pode, por si só, responder aos desafios globais que enfrentamos. São necessárias soluções à escala europeia e décadas de integração demonstram que este é o caminho certo a seguir”.

Em segundo lugar, o presidente do Comité das Regiões Europeu enfatiza a importância de capacitação dos órgãos de poder local e regional, “com meios e outros regimes de apoio, porque, independentemente da magnitude das mudanças que enfrentamos, estas começam sempre nos municípios e nas regiões, os locais mais próximos da realidade sentida pelos nossos cidadãos”.

“Embora esta pareça uma fórmula fácil, que até pode ser dada como certa, a sua concretização ainda requer visão e boas políticas para que possa funcionar em pleno”, referiu, dando o exemplo positivo da Política de Coesão.

“Dentro de um mês, milhões de cidadãos de todas as regiões e municípios da Europa, votarão nas eleições para o Parlamento Europeu, incluindo muitos que o farão pela primeira vez. Não importa onde vivemos ou quais são as nossas opiniões, todos temos a responsabilidade de nos envolvermos. Cabe também a nós, enquanto representantes locais e regionais, promover a ideia de uma União Europeia mais próxima dos seus cidadãos, que tenha mais em conta a voz das comunidades, grandes e pequenas, e que continue a defender a solidariedade, a liberdade e o Estado de direito”,  realçou. Para deixar claro que “temos de nos mobilizar para garantir que os candidatos ao Parlamento Europeu apoiam estes princípios e se comprometem a defender a única política que torna a União Europeia visível em todo o lado e para todos: a Política de Coesão”.