“Os padres conselheiros reforçaram o papel e lugar do seminário no contexto diocesano como espaço formativo, adaptado aos desafios e circunstâncias atuais. O Seminário Episcopal de Angra continuará a existir na sua missão formadora, retomando o processo para garantir a obtenção do grau académico numa instituição de ensino superior”, lê-se num comunicado, divulgado hoje.

A 47.ª sessão plenária do Conselho Presbiteral da Diocese de Angra, presidida pelo Bispo de Angra, Armando Esteves Domingues, decorreu entre segunda-feira e hoje, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

Participaram no encontro sobre “O Seminário e as Vocações” 36 padres conselheiros, que analisaram uma síntese recolhida a partir de uma consulta sinodal de clero, leigos e seminaristas, com as questões: “que perfil de padre?”, “que paradigma vocacional?” e “que Seminário?”.

O Conselho decidiu que a missão de vigário episcopal para o clero deve ser “exercida em exclusivo” dada a sua importância e defendeu “a necessidade de implementação do pré-seminário e o incremento da pastoral vocacional com incidência particular no âmbito universitário”.

Os conselheiros recomendaram “uma acurada reflexão na procura de um modelo formativo para os desafios de hoje, protagonizado pelo seminário diocesano”.

“O contexto da Igreja universal é caracterizado pela descredibilização do clero provocada por diversas crises, pela redução do número de vocações ao sacerdócio ministerial e pela situação sociológica de individualismo e de crescente indiferença perante a questão vocacional, causadoras de uma crise de identidade presbiteral”, alertaram.

Para o Conselho Presbiteral da Diocese de Angra “é necessária uma pastoral vocacional assente na comunidade, sobretudo na família e no testemunho do padre” e, neste contexto, “o seminário deve assumir um papel central na concretização desta missão da Igreja”.

Os conselheiros aprovaram, por unanimidade, um voto de louvor ao economato diocesano, pela ação desenvolvida, e outro ao padre açoriano António Saldanha e Albuquerque, nomeado pelo Papa Francisco cónego da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

Foi ainda dado um parecer favorável à elevação a santuário diocesano da Ermida de Nossa Senhora da Paz, em Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel.