Açoriano Oriental
PSD requer debate de urgência sobre a Arrisca e posição de Vasco Cordeiro

O PSD/Açores anunciou hoje que requereu um debate de urgência no parlamento local em torno da instituição particular de solidariedade social (IPSS) Arrisca e da posição do líder do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, sobre a entidade.

PSD requer debate de urgência sobre a Arrisca e posição de Vasco Cordeiro

Autor: Lusa/AO online

"Em causa está a gestão danosa, para benefício pessoal, da atual diretora regional de Prevenção e Combate às Dependências, Suzete Frias, enquanto dirigente da Arrisca, dos apoios públicos atribuídos pelo Governo a esta IPSS com a cobertura e a cumplicidade do presidente do executivo açoriano", frisam os sociais-democratas em nota enviada hoje à imprensa.

Já esta semana, o líder do PSD/Açores, Duarte Freitas, havia dado uma conferência de imprensa para acusar Vasco Cordeiro de "esconder" um relatório recente da Inspeção Regional da Saúde sobre a Arrisca.

Na semana passada, o PSD/Açores tinha pedido a demissão da atual diretora regional da Prevenção e Combate às Dependências, Suzete Frias, falando numa gestão "abusiva" no passado da Arrisca quando a atual diretora regional era presidente da IPSS.

Na nota de hoje, por seu turno, o PSD/Açores diz que não estão em causa “obras, projetos, decisões ou, sequer, opções políticas”, antes a “decência” do regime açoriano.

O debate de urgência acontecerá na próxima semana na sessão plenária do parlamento açoriano que decorrerá, como habitual, no concelho da Horta, ilha do Faial.

No centro do debate estão notícias recentes adiantando que Suzete Frias tinha um vencimento bruto de quatro mil euros enquanto presidente da Arrisca, cargo que abandonou em 2016 para integrar o executivo açoriano.

O Açoriano Oriental - jornal que deu a notícia – citou como fonte uma auditoria da Inspeção Regional da Saúde aos apoios financeiros prestados à IPSS.

Na referida auditoria, a que a agência Lusa teve também acesso, é referido que o vencimento da antiga presidente da Arrisca provinha de três entidades distintas: da Segurança Social, de receitas próprias da associação e da Secretaria Regional da Saúde.

A direção atual da Arrisca defende na auditoria que Suzete Frias foi admitida na associação com uma remuneração base de 1.159 euros, mas "aquando da assinatura deste primeiro contrato ficou, desde logo, acordado rever e aumentar a sua remuneração na medida em que o crescimento das atividades e respetivo financiamento o possibilitasse, o que veio a ocorrer de forma faseada".

Suzete Frias, é também referido, exerceu a "título pró-bono e voluntariamente o cargo de presidente de direção" da IPSS, "não auferindo qualquer compensação financeira pela sua representatividade neste órgão", dizendo o seu vencimento respeito "às funções que a mesma desempenha enquanto trabalhadora da associação".

Arrisca é o nome pelo qual é conhecida a Associação Regional de Reabilitação e Integração Sócio-Cultural dos Açores.


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