Presidente da Anacom admite necessidade do regulador em recrutar pessoal
25 de jun. de 2024, 16:49
— Lusa
O Digital Services Act (DSA)
entrou em vigor em 17 de fevereiro deste ano e em Portugal a Anacom é a
autoridade competente para a supervisão do Regulamento dos Serviços
Digitais, em conjunto com a Entidade Reguladora para a Comunicação
Social (ERC) e o IGAC - Inspeção Geral das Atividades Culturais.Questionada se estas novas competências levam a uma necessidade de reforçar a equipa, Sandra Maximiano disse que sim."Há
esta necessidade de evoluir para outro tipo de competências,
inteligência artificial, cientistas de dados, cibersegurança, áreas
emergentes que precisamos de recrutar", argumentou a responsável, num
encontro com jornalistas na sede da entidade, em Lisboa.Mas a Anacom acaba por esbarrar nos processos de contratação pública, embora de forma menos restritiva que outras entidades."Não somos uma empresa privada com facilidade de recrutar", apontou."A
nossa perspetiva é o crescimento gradual de recursos, saber como é que
em termos internos se vai reorganizar esta casa", prosseguiu, apontando a
atividade "de supervisão, fiscalização e de investigação".Em
termos de quantidade de trabalhadores, a Anacom tem um teto de 423,
sendo que atualmente tem cerca de 400, pelo que ainda tem margem."Temos
necessidades em várias áreas que não necessariamente só nos serviços
digitais", referiu, até porque há trabalhadores a reformarem-se.O desafio em relação aos recursos humanos "é grande" e "isso foi reportado" ao Governo, rematou. Por
sua vez, o presidente do grupo de trabalho dos serviços digitais, Luís
Alexandre Correia, adiantou que, no curto prazo, seria desejável ter uma
equipa entre 15 a 20 pessoas neste âmbito, tendo em conta que se prevê
que as autoridades competentes passem a receber entre 10.000 e 100.000
reclamações por ano, no âmbito do regulamento."Neste momento temos entre oito e 10 pessoas", concluiu.