Autor: Lusa/AO online
"A primeira edição foi em 2016 e nós gostámos muito do encontro que houve - e era precisamente isso que procurávamos - entre a comunidade local e a comunidade estrangeira, que são os iatistas que estão na Marina Horta", adiantou, em declarações à agência Lusa, Aurora Ribeiro, da associação cultural Fazendo.
A iniciativa é organizada de dois em dois anos por três associações culturais do Faial: Fazendo, Teatro de Giz e Música Vadia.
A maioria das atividades culturais decorre na Marina da Horta "um espaço de excelência para fazer espetáculos ao ar livre", mas a abertura terá lugar no Teatro Faielense.
As francesas Lise e Soizic, que compõem o grupo Eos, são as primeiras a subir ao palco, no dia 07, às 21:00 (22:00 em Lisboa), com um espetáculo inspirado numa viagem entre o Mediterrâneo e o Atlântico Norte, que resulta numa "simbiose perfeita entre música ao vivo e pintura".
Depois atuam os Megahertz, da Tunísia, que juntam 'beatbox', teatro de movimento e vocalismo.
"Apostamos sempre em que os espetáculos sejam aptos para diversos públicos, em termos de linguagem e em termos de execução, que sejam compreendidos por pessoas de diferentes nacionalidades e de diferentes idades", salientou Aurora Ribeiro.
Em quatro dias atuam na cidade da Horta três dezenas de artistas vindos de países como Portugal, Bélgica, Alemanha, França e Brasil.
Alguns, como El Hombre Orchestra, músico de rua belga que vive num barco à vela, e os Sailing Clowns, Max e Flaxx, dois marinheiros palhaços vindos da Alemanha, chegam à Horta pelo mar.
"São velejadores e artistas ao mesmo tempo. Fazem também parte desta comunidade de iatistas", frisou Aurora Ribeiro.
O cartaz inclui ainda os Sillibata, que divulgam a gaita de fole transmontana e as percussões tradicionais da Beira Baixa e o espetáculo de circo contemporâneo Plaina - INAC.
O Festival Maravilha apresenta ainda os Atlantic Massala, projeto de música alternativa da ilha do Faial, o espetáculo 'clownesco' da Madame Muska e o teatro mais pequeno do mundo "Amores de Verão", projeto do Teatro Giz.
Haverá ainda chamarritas, bailes de rodas, à moda do Faial e do Pico, e previsões astrológicas com a 'AstroSara'.
Segundo Aurora Ribeiro, apesar de este género de espetáculos ser menos comum na ilha do Faial, a universalidade dos temas e as linguagens usadas "tocam muito a qualquer pessoa".
"Há dois anos, tínhamos espetáculos no sábado de manhã no centro da cidade e ao princípio havia poucas pessoas, mas as pessoas que iam passando, iam vendo e iam aderindo. No final acabámos por ter uma audiência grande. Acho que qualquer pessoa pode gostar", salientou.