Autor: Susete Rodrigues/Lusa
Em comunicado do grupo parlamentar, Francisco César diz ainda que “há informação que é da responsabilidade do Presidente da Comissão de Inquérito que é sonegada aos deputados PS”, mas que “é transmitida” aos deputados do PSD, CDS e PPM, conforme foi tornado público na conferência que estes partidos deram esta terça-feira de manhã.
O vice-presidente do GPPS, referia-se ao ofício “assinado pelo Presidente da Comissão”, que pedia informações ao Governo dos Açores, e do qual não foi dado conhecimento aos deputados do PS e do Bloco de Esquerda. “Hoje nós verificámos que os três partidos proponentes da Comissão de Inquérito sabem deste ofício e sabem da resposta ao mesmo”.
Agora, explica ainda Francisco César, “iremos pedir ao Sr. Presidente da Comissão esclarecimentos sobre aquilo que não nos disse. Porque nós não sabemos que mais diligências foram realizadas fora do âmbito da Comissão, sem o conhecimento da própria Comissão – à revelia da própria Comissão – e a resposta que nos for dada será fundamental para perceber se é possível manter a confiança no Presidente da Comissão”.
Sobre os documentos exigidos por esses três partidos da oposição – contas das empresas EDA, Norma-Açores, Teatro Micaelense e Pousadas da Juventude -, Francisco César realça que “não fazem parte do âmbito da Comissão de Inquérito”, como aliás já foi explicado pelo Governo dos Açores. “Aquilo que nós verificamos é que os três partidos proponentes mais do que estarem preocupados na análise das contas e na análise da situação do setor público e empresarial, estão mais preocupados em arranjar momentos para criar problemas de chicana política ao Governo e ao PS”, finaliza a nota.