Autor: Lusa/Ao online
“Julgo que este verão vamos ter novidades, vamos começar a pagar a rede de carregamento rápido. Vamos ver aparecer bastantes mais PCR”, estimou Henrique Sanchez à agência Lusa, o presidente da UVE- Associação dos Utilizadores de Veículos Elétricos.
Da parte do Ministério do Ambiente não houve informações sobre este processo, enquanto a gestora da rede de carregamentos, a Mobi.e, diz que “continua a trabalhar para que seja o mais rápido possível” o início do pagamento.
Em fevereiro, o presidente da Mobi.e, Alexandre Videira, explicou que decorria o trabalho para o início do pagamento na rede de PCR (45 kW a 50 kW) até “ao primeiro semestre” e que nos carregamentos normais (3,6 kW a 22 kW) de veículos aconteceriam “mais para o final do ano”.
Os PCR possibilitam o carregamento de 80% da bateria em 20 a 30 minutos.
Henrique Sanchez notou que atualmente há postos em grandes cidades e na A1 que “já têm um consumo interessante” para os comercializadores, além de, ao contrário de 2017, não ser necessário fechar a fase piloto para passar à fase de pagamento.
“E, por outro lado, não é obrigatório que todos os comercializadores - neste momento há sete -, avancem ao mesmo tempo”, explicou o responsável à Lusa, para mostrar que o pagamento tem agora todas as condições para avançar.
Mais dúvidas levantam-se sobre os preços e se, nomeadamente, integram a contribuição audiovisual que é cobrada na fatura da eletricidade e que serve para financiar a televisão pública RTP, no valor mensal de 2,85 euros, uma possibilidade que foi já criticada pelo dirigente da UVE.
Sobre o processo e as várias datas anunciadas e não concretizadas, o responsável comentou que “todos gostariam que já estivessem a funcionar” os pagamentos.
“Mas percebemos que houve dificuldades tecnológicas com equipamentos, houve dificuldades com conexão e de interligação dos vários sistemas informáticos dos vários operadores”, indicou Henrique Sanchez, acrescentando haver exigência de licenciamentos, homologações e certificações para os PCR.
Estes equipamentos de alta tensão estão na via pública e “tem de estar tudo rigorosamente protegido e a segurança tem de ser máxima”, sublinhou.