Autor: Lusa/AO online
Theresa May disse no parlamento que "não se tratava de intervir numa guerra civil nem de mudar um regime" e notou que a operação militar conjunta com os aliados Estados Unidos e França "foi um ataque efetivo e com objetivos limitados para aliviar o sofrimento dos cidadãos sírios".
A chefe do Governo do Reino Unido afirmou ainda que a intervenção "não foi feita porque o Presidente [dos EUA] Donald Trump pediu".
O líder da oposição britânica, Jeremy Corbyn, dos Trabalhistas, sustentou que a ação foi "legalmente questionável", dado que se tratava de uma operação em defesa própria nem contava com a aprovação da ONU.
A ofensiva de sábado na Síria consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, segundo o Pentágono.
O presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à “ação monstruosa” realizada pelo regime de Damasco contra a oposição.
Segundo o secretário-geral da NATO, a ofensiva teve o apoio dos 29 países que integram a Aliança.
Na sequência destes ataques, e a pedido da Rússia, realizou-se uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, na qual foi rejeitada uma proposta, apresentada pelos russos, de condenação da ofensiva militar.
No domingo, o presidente russo, Vladimir Putin, avisou que novos ataques à Síria por países europeus e Estados Unidos pode provocar "o caos" nas relações internacionais
O líder sírio, Bashar al-Assad, acusou os Estados Unidos e os seus aliados de lançarem uma “campanha de falácias e mentiras” após a ofensiva militar lançada no sábado por Washington, Londres e Paris.