Açoriano Oriental
Governo dos Açores quer alargar responsabilidades no financiamento dos bombeiros

O secretário regional da Saúde dos Açores, Rui Luís, admitiu hoje a necessidade de alargar as responsabilidades no financiamento das associações humanitárias de bombeiros voluntários a outras entidades, exemplificando com os municípios.

Governo dos Açores quer alargar responsabilidades no financiamento dos bombeiros

Autor: Lusa/AO Online


"Decidimos criar um grupo de trabalho para estudar as necessidades em termos financeiros de cada uma das associações e propor um novo modelo de financiamento para os Açores que agregue, não só as responsabilidades do Governo Regional, mas também de outras entidades, como por exemplo, os municípios, que têm um papel fundamental na Proteção Civil municipal", justificou Rui Luís.

O governante falava após ser ouvido na Comissão de Política Geral do parlamento dos Açores, no âmbito das audições sobre as propostas de Plano e Orçamento do Governo Regional para 2018, no dia em que foi publicado em Jornal Oficial o despacho que cria o grupo de trabalho.

O documento, assinado por Rui Luís, que tutela a Proteção Civil regional, refere que o grupo de trabalho deve proceder à “elaboração de um levantamento das necessidades e da realidade financeira das associações humanitárias de bombeiros voluntários” do arquipélago, para “propor uma revisão do atual modelo de financiamento”.

Em declarações aos jornalistas, Rui Luís adiantou que esta decisão resulta, em primeira análise, do Programa do Governo, que já determinava a necessidade de revisão do modelo de financiamento das associações humanitárias, mas também dos problemas entretanto verificados em algumas corporações, que não especificou.

Para o secretário regional, “com um novo modelo de financiamento as regras irão ficar absolutamente claras”, considerando que vai ao encontro das necessidades das associações humanitárias.

Rui Luís acrescentou que as propostas de Plano e Orçamento regionais para 2018 contemplam um reforço de verbas na área da saúde na ordem dos 2,3 milhões de euros (mais 10 por cento do que em 2017), destacando a aposta na recuperação das listas de espera cirúrgicas.

"Há uma aposta clara na recuperação de listas de espera cirúrgicas com o programa que anunciámos há pouco tempo [CIRURGE] e também a necessidade de apostar na prevenção e na promoção de hábitos de vida saudáveis", sublinhou Rui Luís.

No próximo ano, o Governo Regional prevê igualmente realizar obras no bloco C do hospital da Horta e construir a nova Unidade de Saúde da Ilha do Faial, e investir no hospital de Ponta Delgada, além de reforçar as verbas destinadas à formação dos profissionais de saúde.

"Queremos ter um plano global de formação para o próximo ano que inclua também a possibilidade de reforçarmos a formação dos médicos internos da região, na perspetiva de que, ao formarem-se nos Açores e estarem mais tempo cá, necessariamente terão a possibilidade de se poderem fixar", explicou Rui Luís.

Os documentos orçamentais serão debatidos e votados na última semana deste mês na Assembleia Legislativa Regional.


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