Autor: Miguel Bettencourt Mota
Orelha Negra, Fogo Fogo e Elida Almeida são
os cabeças de cartaz da quarta edição do festival Azores Burning Summer,
que vai decorrer no Porto Formoso nos dias 31 de agosto e 1 de
setembro.
O festival volta a ter como pano de fundo a praia dos Moinhos e, nesta quarta vida, as escolhas em cartaz revelam uma “aposta forte na música negra, nos sons quentes e tropicais que vêm do Brasil e do arquipélago vizinho, Cabo Verde”, sinalizou o organizador Filipe Tavares, na apresentação pública do cartaz que teve lugar, ontem, na Câmara Municipal da Ribeira Grande (CMRG).
Elida Almeida é quem é natural de Cabo Verde, mas a banda Fogo Fogo - que teve berço no continente português - empresta também a sua alma cabo-verdiana ao Burning Summer.
Luso Baião, por sua vez, um projeto formado por músicos portugueses e brasileiros, que nasceu em Lisboa em 2013, é quem está encarregue de trazer o ‘forró’ e ‘samba’ do Brasil à pitoresca freguesia do Porto Formoso.
A programação musical, refira-se, é assegurada em parceria com Adrian Sherwood - responsável pela editora independente On U Sound Records - e, preservando a essência exótica do evento, volta a apostar na diversidade. Como tal, olhando ao cartaz, podem também encontrar-se nomes como Da Chick, PMDS, Moullinex, Xinobi e Boots Reunion.
Filipe Tavares considera que o público “tem aderido cada vez mais às propostas” apresentadas pela organização e perspetiva uma boa adesão àquele que pretende ser um festival “quente e muito animado”.
À semelhança das anteriores edições, o Azores Burning Summer estará dividido por dois recintos: um localizado na praia e o outro no parque dos Moinhos.
Na praia, haverá lugar a programação
gratuita com acesso a animação de DJ e bandas, mas voltará a ser o
parque a acolher o palco principal, onde tocarão os artistas de renome.
O programa do festival contempla iniciativas paralelas à agenda musical e, assim, dará continuidade à exposição de veículos elétricos e ao Burning Market, uma feira de artesanato que expõe produtos naturais e peças de autores de ‘ecodesign’.
Até à última edição, o evento foi
organizado pela Associação Regional para a Promoção e Desenvolvimento do
Turismo, Ambiente, Cultura e Saúde (ARTAC) e produzido pela
Ventoencanado. Entretanto, este ano, a CMRG junta-se à organização do
evento.
“Esta parceria é o culminar de uma estratégia que a autarquia tem vindo a desenvolver ao nível do seu programa cultural, em particular na altura do verão”, explicou o presidente da autarquia na conferência de apresentação do festival.
Acrescentou Alexandre
Gaudêncio que a iniciativa autárquica também se prende com a preocupação
de se descentralizar os eventos que se realizam “no concelho, de forma a
abranger outras zonas do território, em particular, neste caso, a
freguesia de Porto Formoso”.
Nesta fase de pré-venda, os bilhetes para os dois dias do evento podem ser adquiridos na bilheteira online (bol.pt) por 20 euros, passando a ter um custo de 25 euros, a partir de 15 de agosto. O ingresso diário terá um custo associado de 18 euros.